Prognóstico da quadra chuvosa ocorreu nesta sexta-feira (18), no Palácio da Abolição

 

 

Créditos: Marcos Studart

O cenário de chuvas previsto para o trimestre de fevereiro a abril de 2019 indica precipitações dentro da média histórica. A avaliação realizada pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) para o período aponta um percentual de 40% de probabilidade para chuvas em torno da média, 30% de chance para chuvas acima da média e 30% de chances das precipitações serem abaixo do normal.

O prognóstico foi divulgado no Palácio da Abolição, em Fortaleza, nesta sexta-feira (18). O secretário da Casa Civil, Élcio Batista, presidiu a divulgação do prognóstico, que contou com a participação do secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, do presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, além de representantes do setor de Recursos Hídricos do estado do Ceará – Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e Defesa Civil.

Hoje, os açudes cearenses totalizam um volume acumulado na ordem de 10,55%, reserva maior do que o acumulado na mesma época em 2018,cujo volume era em torno dos 7%. A preocupação segue em controlar os açudes estratégicos do estado, o Castanhão, Orós e Banabuiú, segundo avaliação do presidente da Cogerh, João Lúcio Farias. “Continuamos com forte controle dos reservatórios e estamos na fase do de preparar os cenários”, explica. Farias também avaliou as regiões do Estado com situação mais confortável e outras com cenários mais preocupantes. “A região norte e litorânea, é onde estamos numa situação melhor, estamos conseguindo atender todos os usos nessa região. Entretanto, mais ao centro e ao sul do estado, temos feito um controle maior nos reservatórios”, concluiu.

Durante a apresentação do prognóstico, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, reforçou que a categoria mais provável de chuvas para o centro-sul do Ceará é abaixo da normal, enquanto a região mais próxima da faixa litorânea deve estar acima da média, confirmando o que vem acontecendo nos últimos anos. A previsão é resultado de análise da Funceme sobre os campos atmosféricos e oceânicos de grande escala, como também dos resultados de modelos numéricos globais e regionais, tanto da Funceme como de outras instituições climáticas do País, incluindo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de institutos internacionais.

O secretário de Recursos Hídricos do Estado, Francisco Teixeira, também frisou que o volume de precipitações nem sempre significa aporte para os reservatórios. “É bom lembrar que, mesmo as chuvas dentro da média no Estado do Ceará, elas apresentam uma irregularidade espacial e temporal. Portanto, alguns reservatórios poderão ter aporte significativo, outros reservatórios não. O que nos preocupa, mesmo tendo as chuvas dentro da média, são os grandes reservatórios. A gente sabe que açudes como Castanhão, Orós, Banabuiú, que respondem por 60% de nossas reservas hídricas, só têm aporte significativo em períodos chuvosos muito intensos”.

Ações de Contingência

Teixeira também destacou as ações empreendidas pelo setor de Recursos Hídricos para levar água à capital e as cidades do interior impedindo o colapso hídrico em sete anos de seca. O secretário elencou a construção do Cinturão das Águas (CAC) – já pronto para receber as águas do rio São Francisco, além da duplicação do Eixão das Águas, projetos de reúsos de água, instalação de poços em todo o Ceará, exploração de aquíferos e centenas de quilômetros de adutoras construídas.

 

*Com informações do Governo do Estado e Funceme

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