Gestão de Riscos
Determinar quanto risco deve ser aceitável na prestação de serviços públicos da melhor maneira possível, procurando equilibrar riscos e benefícios é o desafio da governança nas organizações públicas (INTOSAI, 2007 apud TCU, 2014). Uma das ferramentas da governança para superar esse desafio é a Gestão de Riscos, um processo estratégico e de suma importância para a administração pública e um componente fundamental de seus sistemas de governança (TCU, 2018).
“O gerenciamento de riscos corporativos é um processo conduzido em uma Companhia pelo Conselho de Administração, Diretoria e demais empregados, aplicado no estabelecimento de estratégias, formuladas para identificar em toda a Companhia eventos em potencial, capazes de afetá-la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível com o apetite a riscoda Companhia e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.” (COSO ERM)
Em Março/2020, a Cogerh emitiu a ordem de serviço referente ao Contrato N° 010/2020, cujo objeto é o serviço de consultoria para elaboração e implementação da Política de Gestão de Riscos. A partir dessa data, a empresa contratada KPMG Assessores Ltda iniciou, juntamente com os técnicos da Companhia, o desenvolvimento de várias ferramentas de Gestão de Riscos, dentre elas: Régua de Impacto X Probabilidade, Dicionário de Riscos, Manual de Gestão de Riscos, Plano de Comunicação de Gestão de Riscos, as quais são necessárias para a implementação de um efetivo processo de gerenciamento de riscos.
Na 133ª Reunião do Conselho de Administração da Cogerh, realizada no dia 31/08/2020, foi então aprovada a Política de Gestão de Riscos. Essa política estabelece as diretrizes do processo e busca promover uma linguagem comum de gerenciamento de riscos, favorecendo a transmissão do conhecimento e incorporando a Gestão de Riscos no ambiente em que a Companhia está inserida, considerando seus valores, aspectos culturais, história, processos decisórios, modelo de negócio, operação e a sua estrutura organizacional.
Dessa forma, os riscos passam a ser incorporados ao processo de tomada de decisões, uma vez que o gerenciamento de riscos é um elemento essencial para a boa governança, pois contribui para reduzir as incertezas que envolvem a definição da estratégia e dos objetivos das organizações públicas e, por conseguinte, o alcance de resultados em benefício da sociedade.
Dando continuidade à implementação da Política de Gestão de Riscos, foram mapeados vários fatores de riscos a partir das seguintes Dimensões Estratégicas: Econômico-Financeira, Processos e Tecnologia, Sociedade e Mercado e Aprendizagem e Conhecimento.
A seguir, são apresentados alguns importantes fatores de riscos mapeados para cada dimensão:
Econômico-Financeira
– Alto valor da água oriunda do PISF;
– Retração das atividades econômicas;
– Sazonalidade do uso de energia para bombeamento da água.
Sociedade e Mercado
– Movimentos políticos ambientais;
– Falhas ou acidentes com estruturas de terceiros (açudes federais e barragens particulares).
Processos e Tecnologia
– Seca prolongada;
– Degradação, poluição ou contaminação das fontes de captação;
– Rompimento de barragens;
– Ações intencionais executadas por terceiros – vandalismos, roubos e furtos.
Aprendizagem e Conhecimento
– Ausência de programa de sucessão.
Na Política de Gestão de Riscos estão definidas as competências dos agentes envolvidos no processo: Conselho de Administração, Comitê de Auditoria Estatutário, Diretoria Executiva, Diretor Estatutário Responsável pela Gestão de Riscos, área responsável pela Gestão de Riscos, Donos dos Riscos e Auditoria Interna.
Esta política está disponível no site da Cogerh através do link: https://portal.cogerh.com.br/wp-content/uploads/2020/09/politica-de-gestao-de-riscos.pdf
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