A Cogerh, por meio da Assessoria de Inovação, com apoio da Secretaria Executiva, realizou nesta sexta-feira (19) o 3º Seminário do Projeto “Capacidade de Suporte do Açude Castanhão”, no Auditório da Companhia, em Fortaleza.

O evento marcou o encerramento do Projeto iniciado em 2020 que busca desenvolver uma ferramenta computacional para auxiliar na gestão da qualidade da água. O estudo foi desenvolvido pela Companhia com apoio do Programa Cientista Chefe da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

O estudo inovador fornece subsídios para uma produção sustentável no maior reservatório de múltiplos usos da América Latina ao correlacionar episódios de mortandades de peixes no lago com a piora da qualidade de sua água devido à eutrofização.

Com essa modelagem, que podemos passar para outros açudes, damos um grande passo em algo que a Companhia ainda não fez: podemos avançar para o gerenciamento da qualidade de água, não apenas o monitoramento, como já fazemos“, destacou Yuri Castro, presidente da Cogerh, sobre o impacto que o estudo traz para o Estado.

A ferramenta contribui com a alocação negociada de água e com o diálogo com população local, principalmente a de Jaguaribara, beneficiada economicamente com a produção de peixe no manancial.

O uso múltiplo e democrático da água também deve ter uma sensibilidade com o setor produtivo, mas é interessante que consigamos ter essas contribuições de forma clara para que dê o máximo de tempo possível de uma atividade sustentável. Explicar para um criador de peixe que não temos como assegurar que teremos três ou quatro episódios de mortalidade em um período é duro“, pontuou Tércio Tavares, Diretor de Operações da Companhia.

Mário Barros, analista de gestão dos recursos hídricos da Cogerh, e Iran Lima Neto, Professor Associado da UFC, apresentaram as etapas do Projeto, já mostradas aos cidadãos e à comunidade de piscicultores de Jaguaribara, explicando a metodologia aplicada e os impactos diretos nas discussões de qualidade de água cearenses.

É um modelo adaptado para as condições do Castanhão, numa região semiárida, e avalia todas as características inerentes às estações chuvosas e secas, como as cargas que vêm pelo rio Jaguaribe e através do sedimento e da piscicultura. Isso poderá subsidiar a tomada de decisões, principalmente relacionada à outorga“, afirmou Mário.

A mesa técnica após as apresentações foi composta pela Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará, na pessoa do Engenheiro de Pesca Antônio Cavalcante, pela Coordenadora de Fiscalização de Uso da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), Juliana Dias, pelo Coordenador de Gestão dos Recursos Hídricos da SRH, Carlos Campelo, pelo Gerente de Outorga e Fiscalização, Marcílio Caetano, pelo Diretor de Operações, Tércio Tavares, pela Diretora de aquicultura em águas da União, Juliana Lopes e pelo Assessor da presidência da Funceme, Elano Joca.

A última etapa será apresentar o modelo a nível federal no dia 26 de abril (sexta-feira) na ANA, em Brasília. Depois disso, o Grupo de Trabalho do Projeto formado irá definir a área outorgada do Castanhão.

Ao final do evento, foram homenageados colaboradores do Projeto da gerência regional da Cogerh das sub-bacias do Médio e do Baixo Jaguaribe, da Assessoria de Inovação e da gerência de monitoramento qualiquantitativo, além do diretor Tércio e do professor Iran.

Compartilhe: